terça-feira, 28 de julho de 2015

O "hack" de um carro... à distância

A tecnologia está cada vez mais presente á nossa volta. É no local de trabalho, em casa, nos electrodomésticos, etc. E nos transportes públicos e também nos nossos automóveis.
Mas com a tecnologia, vem os riscos agregados de ataques cibernéticos.

Convenhamos, a tecnologia é “apenas” um conjunto de linhas de código que alguém escreveu e que os computadores interpretam e executam. E muitas vezes nem temos noção que aquelas features que tanto gostamos e que custaram tão caro no nosso automóvel de última geração são também uma porta de entrada aberta ao mundo.

Os automóveis de hoje em dia, nomeadamente a categoria que ganhou o epíteto de “connected car” ligam-se à Internet para ir buscar dados de GPS, acesso a email e messaging, musicas e capas de álbuns, dados, etc.
E ao ligarem-se à Internet permitem que, se as protecções não estiverem ao nível de tudo o resto, que exista um modo de alguém poder hackar o carro e tomar conta do mesmo.

Foi o que aconteceu com uma experiência de 2 hackers norte americanos, Charlie Miller e Chris Valasek, que, remotamente, entraram e controlaram um Jeep Cherokee, enquanto estavam comodamente sentados no seus sofás a mais de 16Km de distância.

Foto: Wired 


Através da Internet, conseguiram ligar o ar condicionado do veículo, a buzina, a música do carro (em volume máximo), o limpa-vidros, etc.

Mas mais impressionantemente ainda, conseguiram controlar os novos sistemas de condução assistida do veículo (que, bem vistas as coisas, é apenas o computador do carro a tomar conta da condução) e, remotamente, trancar as portas, desligar o motor e desactivar os travões em andamento. E tudo isto com o condutor completamente impotente.

É ver o vídeo da Wired:


Entretanto a Fiat já veio a público chamar todos os veículos da gama Cherokee, para lhes aplicar um patch de segurança contra este tipo de hacking.

Este projecto de Charlie Miller e Chris Valasek é um valente alerta para a indústria automóvel e o código do hack vai ser tornado público para as marcas se poderem precaver e instalar firewalls e sistemas de segurança mais complexos.

Medo!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O Banho Gelado II

Lembram-se, de certeza, da "mania" do Banho Público de há uns tempos.
(quem não se lembrar basta googlar "Ice Bucket Challenge" ou ver o post que fiz neste mesmo blog em 18 de Agosto.)

Superman (Henry Cavill) faz o Ice Bucket Challenge

Pois fizeram-se agora as contas quanto a esta iniciativa: Mais de 17 milhões de pessoas participaram, por todo o mundo e doaram dinheiro para o combate à ALS, gerando uma gigantesca onda de notoriedade em relação a uma doença que era praticamente desconhecida.

E o resultado monetário foi cerca de 220M de dólares. E isto só para a iniciativa dita oficial - da ALS Association - não contando com os resultados dos projectos paralelos e mais locais mas com o mesmo objectivo.

A aossicção chamou-lhe mesmo "the single largest episode of giving outside of a disaster or emergency" ou seja a maior doação de sempre, fora cenários de catástrofe.

Impressive - como diria Darth Vader.

Mas mais impressive ainda é o facto de, segundo a CNN, esta iniciativa voltar no próximo mês de Agosto. Aliás, segundo a ALS Association, a ideia é mesmo repetir anualmente o desafio até a cura ter sido encontrada, naquilo que chamaram mesmo "every August until a cure. "

Portanto preparem-se para mais uma vaga de banhos públicos gelados. Vamos embora!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Redes Sociais cada vez mais para buscar informação

Mais um post, longínquo, aqui no Digital Age:

Então não é que o local onde os Portugueses (pelo menos 80% da faixa dos 15 aos 24 anos) vão à procura de informação é mesmo o Facebook?!

Quem diria?

Os dados são do Bareme Imprensa Crossmedia da Marktest, que nos diz que 1.4 milhões de pessoas em Portugal lê notícias nas redes sociais e usa-as como fonte primária de pesquisa.
Este número representa mais de 67% dos internautas nacionais que leem notícias.


Este estudo da Marktest demonstra ainda que os números decrescem com a idade, sendo que na faixa dos maiores de 64 anos esta tendência é de apenas 36.4%.

A questão que se coloca (e quem anda pelas "redes" facilmente se identificará com o que vou escrever de seguida) é a fidedignidade e actualidade dessa informação. Os posts e reposts de notícias antigas como se fossem actuais, ou mesmo de artigos falsos de pseudo-imprensa representam o busílis do assunto. Mas enfim...

Em todo o caso, para ver os números completos deste estudo, basta clicar aqui.