Mas com a tecnologia, vem os riscos agregados de ataques cibernéticos.
Convenhamos, a tecnologia é “apenas” um conjunto de linhas de código que alguém escreveu e que os computadores interpretam e executam. E muitas vezes nem temos noção que aquelas features que tanto gostamos e que custaram tão caro no nosso automóvel de última geração são também uma porta de entrada aberta ao mundo.
Os automóveis de hoje em dia, nomeadamente a categoria que ganhou o epíteto de “connected car” ligam-se à Internet para ir buscar dados de GPS, acesso a email e messaging, musicas e capas de álbuns, dados, etc.
E ao ligarem-se à Internet permitem que, se as protecções não estiverem ao nível de tudo o resto, que exista um modo de alguém poder hackar o carro e tomar conta do mesmo.
Foi o que aconteceu com uma experiência de 2 hackers norte americanos, Charlie Miller e Chris Valasek, que, remotamente, entraram e controlaram um Jeep Cherokee, enquanto estavam comodamente sentados no seus sofás a mais de 16Km de distância.
Foto: Wired |
Através da Internet, conseguiram ligar o ar condicionado do veículo, a buzina, a música do carro (em volume máximo), o limpa-vidros, etc.
Mas mais impressionantemente ainda, conseguiram controlar os novos sistemas de condução assistida do veículo (que, bem vistas as coisas, é apenas o computador do carro a tomar conta da condução) e, remotamente, trancar as portas, desligar o motor e desactivar os travões em andamento. E tudo isto com o condutor completamente impotente.
É ver o vídeo da Wired:
Entretanto a Fiat já veio a público chamar todos os veículos da gama Cherokee, para lhes aplicar um patch de segurança contra este tipo de hacking.
Este projecto de Charlie Miller e Chris Valasek é um valente alerta para a indústria automóvel e o código do hack vai ser tornado público para as marcas se poderem precaver e instalar firewalls e sistemas de segurança mais complexos.
Medo!