sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Star Trek Axanar- um filme de crowdfunding

Quem me conhece já sentia a falta de um post acerca de um star-qualquer-coisa. E aqui está ele: Um post acerca de Star Trek

Mas isto não é um post (só) acerca de um filme.
É um post acerca de como fãs da série original se juntaram, elaboraram um projecto de um filme independente, candidataram-no à plataforma de crowdfunding KickStarter e estão já a produzir aquele que será o primeiro filme-independente-de-qualidade-de-estúdio da série Star Trek.



O franchise Star Trek, apesar de ser detido pela PARAMOUNT/CBS sempre foi muito aberto à comunidade de fãs – aliás exactamente como o seu criador Gene Roddenbery sempre quis.
Isto quer dizer que os direitos da série estão abertos à produção de filmes independentes, principalmente produzidos por fãs, desde que não sejam filmes de bilheteira.
Ou seja, “façam o que quiserem mas não podem vender bilhetes”. E isto provocou que ao longo dos anos, esses fãs se tenham dedicado a produções vídeo mais ou menos elaboradas das quais se destaca a Star Trek: Phase 2.

Assim, o que se passou foi que um fã e actor nessa mesma série - Alec Peters – resolveu provar que não são necessários os milhões de dólares do costume para produzir um filme de qualidade.
Sendo também o vencedor do prémio “2004 Ernst & Young Entreprenuer of the Year”, Alex colocou a veia empresarial em funcionamento e, em conjunto com o seu amigo Christian Gossett – visualartist que já trabalhou com James Cameron e Ridley Scott - lançaram-se na grande aventura de fazer um filme Star Trek “a sério”.

E se bem o pensaram melhor o fizeram.
Lançaram primeiro um projecto no Kickstarter chamado “Prelude to Axanar”, um vídeo de 20 minutos com o prelúdio, o enquadramento da história principal, e tiveram o grato prazer de ver como os fãs aderiram, alcançando facilmente os 80mil dólares(!) necessários para a sua produção.


Prelude to Anaxar – 20 min de alta qualidade

O filme principal – Axanar - também baseado pelo Kickstarter, angariou 638,471 dólares, de quase 8600 pessoas (uma das quais o próprio George Takei – Mr. Sulu na série original) ultrapassando o valor necessário para a sua produção.

Vai ser um filme completo de 90 minutos, com actores de Hollywood como Richard Hatch (Battelestar Galactica), Tony Todd (TNG), Kate Vernon (Battelestar Galactica), Gary Graham (StarTrek) e JG Hertzler (StarTrek).

Estreia em 2015, num computador perto de si!

A não perder. Para fãs e para entrepreneurs.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O Hoax da câmara escondida na Box de TV

Por essa internet fora há diversas teorias da conspiração, esquemas, puras brincadeiras, mentiras e meias-verdades, exactamente como existe no mundo não-digital. A diferença do que se passa no online é a capacidade de viralizar esses mesmo conteúdos e a capacidade de atingir não um pequeno grupo de pessoas mas sim milhares ou milhões.

E no online, os Hoaxs mais disseminados e que enganam mais gente, são os que se referem a questões de segurança e privacidade, pois é um assunto que preocupa a todos.

O Hoax que vos trago hoje é acerca de um desses.
Ora corria o ano de 2006 quando alguém pôs a circular que as boxs de TV (tipo as da MEO ou da NÓS)  teriam lá dentro uma câmara de vídeo e um microfone, que serviriam para as grandes corporações (o big brother do sec XXI) perceberem em tempo real o que o comum cidadão estaria a ver na Televisão e, ao mesmo tempo, o que estaria a fazer.
Paralelamente isto faria parte de um plano mundial de observação e controle dos cidadãos e das suas actividades - à-la vilão de James Bond.

Este Hoax surge aquando da passagem do sinal analógico para o sinal digital nos USA, e os que defendiam esta teoria da conspiração afirmavam que essa é a verdadeira razão pela qual se mudou de tecnologia. Para poder colocar câmaras em casa de todas as pessoas!

O vídeo abaixo é a consubstanciação – e a suposta “prova”.


Este vídeo provocou que centenas de pessoas andassem a abrir as suas set-top-boxs para verificar as peças (e depois mandá-las arranjar por andar a escarafunchar lá dentro).

Para terminar, fica a nota que a Google, Apple e a Comcast já mencionaram, recentemente, a possibilidade de realmente instalar câmaras e microfones nas suas settop boxes, de modo a melhorar a experiência de TV e conteúdos associados em tempo real...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Citydrive – Carros partilhados em Lisboa

Imagine que está no seu local de trabalho e tem de se deslocar a uma reunião ali perto, mas não quer usar o seu carro que está tão bem estacionado. Ou imagine que quer ir ao cinema com os amigos que depois lhe dão boleia para casa.

A solução é pagar num carro, conduzi-lo até lá e depois deixá-lo para o próximo utilizador.

É este o conceito de Carsharing - a mobilidade desagregada do objecto. Ou seja, a possibilidade de uma pessoa se deslocar de um ponto ao outro da cidade, conduzindo um veículo que lhe é confiado, e deixá-lo simplesmente no local de destino para o próximo utilizador, sem qualquer preocupação de estacionamento, E tudo isto por um valor muito interessante.

E assim nasce o Citydrive. O carsharing em Lisboa.

O Citydrive tem uma frota de 20 Opel Adam e 20 VW Polo que estão estacionados por aí, na chamada “Zona de Cobertura”. Os veículos são de fabrico recente, têm sempre combustível e manutenção feita e podem estacionar-se em qualquer lado, exceptuando parques privados, graças aos acordos estabelecidos com a EMEL.

O funcionamento é simples: Só tem de se registar no site, fazer o download da APP gratuita Citydrive, encontrar uma viatura ali perto, pegar no veículo e conduzi-lo até ao seu destino. E depois deixe-o ficar lá, para o próximo cliente. Não há mensalidades, fees iniciais, fidelizações ou outras cláusulas.


Citydrive - Clique para visitar o site



As tarifas base são €/0,29 minuto, com 20Km incluídos e pronto! Mais nada, pois como promoção, o tempo de espera (standby com o carro estacionado, mas na posse do cliente) é devolvido como crédito numa próxima viagem.

O Citydrive está ainda na fase piloto, mas conta já com mais de 160 fiéis clientes, estando o alargamento da frota até à centena de veículos planeada até final de 2014.

Vou experimentar e depois conto mais.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Project OMOTE: Video mapping numa face humana

A tecnologia de video-mapping já é relativamente comum hoje em dia.

Tecnicamente chamado spatial augmented reality, esta tecnologia é cada vez mais comum, até por cá. Quem não se lembra dos espectáculos que, todos os anos, a CML oferece aos seus munícipes no Terreiro do Paço?

O vídeo mapping ou projection mapping é uma tecnologia que permite mapear (previamente) superfícies irregulares num sistema computorizado e depois construir projecções de vídeo especificas para essas superfícies.

Agora imaginemos que o mapeamento é feito em tempo real – ou seja, que a superfície a mapear é adquirida em tempo real, o que provoca que essa mesma superfície pode mexer-se ou deslocar-se – e que a projecção é feita numa face humana?

Este é exactamente o desafio do Projecto OMOTE, da autoria do especialista de video mapping NOBUMICHI ASAI, do maquilhador HIROTO KUWAHARA e do engenheiro de imagem digital PAUL LACROIX.
A face de uma pessoa é adquirida em tempo real, exactamente com o mesmo tipo de tecnologia dos filmes tipo AVATAR, e é feita projecção vídeo nessa face, que se move e mexe livremente.

Vale a pena ver!



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Windows 9 para finais de Setembro

E aí vem mais uma versão do sistema operativo da Microsoft. É o Windows9 e prevê-se que alie a rapidez e performance conseguida na versão 8, com o ambiente produtivo da versão 7.

Esta versão, cujo nome de código é “Threshold” deve ser lançada em beta preview no final de Setembro, como de costume, para depois lá para o principio de 2015 chegar aos mercados.

Pelas imagens e notícias que vão escapando da empresa de Redmont, parece estar de volta todo o ambiente desktop que familiarizou o Windows desde a versão Win95, nomeadamente a barra de Start, com os programas e atalhos do costume.

Supostamente o que virá a ser o interface do Win9

O Modern Windows (interface Metro – com as apps de quadradinhos com conteúdo do Windows8) estará ainda presente, mas correrá em janelas dentro do Windows normal, em vez de ser um ambiente completamente diferente.

Pelo que se vai lendo, também a barra lateral do Windows8 (a chamada Charms bar) deverá desaparecer.

A Microsoft volta assim àquilo que tem provas dadas de sucesso. Um facto que, certamente, terá contribuido para este back-to-basics, é o share de mercado da penetração do Windows 8/8.1, de pouco mais de 6% (segundo a NetMarketShare).

Já anteriormente a Microsoft tentou, com pouco sucesso, alterar o interface de alguns dos seus sistemas operativos – lembro-me por exemplo do Windows Media Center – que, mais tarde, veio também a desaparecer e ficar integrado no interface normal.

São boas notícias. Vamos esperar para ver.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Hoax da pick-up que salva um avião

Este Hoax já tem uns tempos mas, como as ondas do mar, vai e volta e não deixa de ser impressionante a quantidade de gente que continua a “cair”, mesmo quando já desmontado diversas vezes.

Falo do famoso vídeo da Pick-up que, milagrosamente, substitui o trem de aterragem dianteiro de um avião comercial, permitindo uma aterragem perfeita e salvando a vida a centenas de pessoas.




O vídeo, feito com brilhantismo e de um modo profissional, relata, como se de um excerto de um dos milhares de canais noticiosos norte-americanos se tratasse, um avião comercial com uma avaria no trem de aterragem dianteiro que é salvo, no último minuto, por um anónimo que coloca a sua carrinha pick-up em posição de receber o avião, e tudo acaba bem.

Este vídeo, na realidade um anúncio da nova Nissan Frontier para quem “Anything is possible” – aliás claim da campanha - faz parte de uma pool de anúncios sob esse conceito, outro dos quais, e mais verosímil, é o de a mesma pickup conseguir rebocar um Buggy todo-o-terreno do alto de uma duna de areia.

Da autoria da TBWA de Los Angeles, este filme publicitário surgiu em finais de 2011 e rapidamente se viralizou pelas redes sociais, voltando periodicamente à baila, especialmente quando há noticias de reais acidentes aéreos.

Muita gente ainda acredita que não é falso.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Radio online – Pelos vistos por cá ouve-se. E bem

Segundo o Netpanel meter da Marktest, no primeiro semestre de 2014, mais de 3 milhões de portugueses acederam a sites de rádio.

Numa altura em que, cada vez mais, se fala da importância deste media em relação a outros, e em que a rádio tradicional pouco mais é encarada como uma companhia no carro de manhã e ao final da tarde – principalmente nos grandes meios urbanos- estes números vem provar que o media existe, está melhor de saúde que se pensa e  continua a ter audiência.
Diferente sim, mas audiência.

De acordo com o estudo da Marktest, a audiência de rádio no período considerado, correspondeu a 53.3% dos utilizadores nacionais, que consultaram mais de 90 milhões de páginas de rádio gastando, também em média 28 minutos cada.



Os sites de rádio mais consultados foram a Rádio Renascença seguido da Rádio Comercial, sendo que em tempo gasto em cada site, o resultado inverte-se, tendo a Comercial o recorde de 473 mil horas de audiência.

O estudo está disponível AQUI

Interessante seria, digo eu, obter os resultados dos streams online destas rádios e cruzar com estes valores, de modo a poder verificar se os utilizadores “ouvem” a emissão ou simplesmente lêem as notícias desses sites.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Skully Smart Helmet - O capacete inteligente

Já ouviu falar de smartphones, smartwatches, wearables de todo o tipo (anéis, bandas, punhos, cintos, etc) mas de certeza que capacetes inteligentes ainda não.

O SmartHelmet, neste caso o Skully Smart Helmet é um capacete de protecção inteligente para motards, motoqueiros, pessoal-das-motas, enfim, toda a gente que necessite deste tipo de protecção para andar na estrada.




Este capacete inteligente tem uma série de sensores, microprocessadores, micro-câmara e mini visor de projecção LCD de modo a projectar informação válida num heads-up display dentro do próprio capacete, que parece estar a 3 metros do condutor.
E a informação que aparece é essencialmente informação GPS, ligação ao telemóvel (via BluetoothLE) para dados (Internet) e telefone, áudio integrado que permite fazer e receber chamadas num ambiente hands-free, e uma utilíssima câmara, na parte traseira do capacete, que permite visualizar, em tempo real, o que se passa lá atrás.



Este capacete ainda por cima é leve, aerodinâmico, resistente a riscos e anti-reflexo.

O SmartHelmet é um projecto que foi colocado na plataforma de crowdfunding Indiegogo e bateu todos os records da mesma angariando mais de 1M de dólares em 45 horas, de investidores provenientes de 24 países.
Este capacete estará no mercado brevemente, com preços que rondarão os 1400 dólares


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O Banho público – Ice Bucket Challenge

Subitamente toda a gente, famosos e anónimos, parece ter achado uma imensa piada em mandar baldes de água pela sua própria cabeça abaixo e postar a experiência nas redes sociais. Mais uma das excentricidades da Internet, mas esta tem uma história e uma causa social por detrás.

O assunto nasceu há pouco tempo, sensivelmente alguns meses, e o desafio é simples: Encharcar-se com um balde de água fria, postar o vídeo e desafiar amigos para, em 24 horas, fazerem o mesmo. Antes do banho tem de se referir que se cumpre o desafio para chamar a atenção para a ALS -Amyotrophic lateral sclerosis ou doença de Lou Gehrig. Quem for desafiado e não cumprir tem de fazer uma doação de USD $100 para uma causa social, sendo que a ideia é, obviamente, fazer ambas as coisas.


O Mayor de Boston a cumprir o desafio


Com este desafio, chamou-se a atenção global esta doença degenerativa que afecta milhares por todo o mundo, e recolheu-se, desde Julho deste ano, já mais de 7.6 milhões de dólares em doações, em contraponto com os “míseros” USD $22.000 recolhidos de Janeiro a Julho.

Do ponto de vista do Marketing,  este stunt tem tudo para funcionar e dar certo, tem todas as componentes correctas das peças "virais". A saber:

  • É universal – qualquer pessoa pode participar
  • É simples – muito simples de executar, de gravar e postar
  • Tem um curto intervalo de tempo para ser cumprido – o que não deixa o desafiado esquecer-se
  • Timming correcto - É um stunt perfeito para o Verão :)
  • É divertido – o que é mais divertido que ver alguém a encharcar-se com um balde de água?
  • É contagiante – Aliás uma das regras é desafiar mais 2 amigos ou conhecidos para o fazerem também

e, ainda por cima é por uma boa causa. Daí estar a funcionar e a crescer de forma exponencial.

E os famosos e personalidades de todo o mundo têm alinhado na brincadeira – que afinal é bem séria.
Ficam alguns nomes (à presente hora e data): Cristiano RonaldoMartha Stewart, Justin Bieber, Jimmy Fallon Justin Timberlake;  Mickey Rourke, Mark Zuckerberg , Bill Gates, Tim Cook da Apple, Oprah WinfreySteven Spielberg; Dr. Dre, Bono VoxSatya Nadella da Microsoft, Jeff Besos da Amazon, LarryPage da Google, Richard Branson da Virgin, Robert Downey Jr, William Shatner, a nossa Daniela Ruah, o jogador de hockey Paul Bissonnette (que usa um helicóptero e água glaciar), Ethel Kennedy (viúva do Sen. Robert Kennedy) que desafiou Barack Obama, outros políticos, equipas de futebol e baseball, a força policial de Boston, etc, etc, para além dos milhares de anónimos.

   


O sucesso da viralidade é tão grande que, de alguma forma já se tornou um daqueles casos em que a publicidade é tão boa que faz esquecer a marca. Há já há centenas de vídeos de pessoas a cumprirem o desafio, sem grande noção da causa que lhe está subjacente. Mas o que interessa é mesmo participar.


O banho de Bill Gates - e o desafio a Ryan Seacrest


Esta corrente já fez o engage de mais de 15 milhões de pessoas e existem cerca de 1,2 milhões de vídeos de participantes.
Vale a pena acompanhar (e participar?) no Facebook AQUI ou simplesmente pesquisar pela hashtag #icebucketchallenge numa qualquer rede social.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

War of the Worlds - um dos maiores Hoaxs de sempre

Como hoje é dia de hoaxs, aqui no DIGITALAGE, deixo-vos com um dos melhores e mais deliciosos de todos os tempos: O broadcast original da “Guerra dos Mundos” de Orson Wells, que foi emitido a 30 de Outubro de 1938 e, pela sua credibilidade, efeitos especiais e génio do narrador – que mais tarde se tornaria um dos maiores cineastas norte-americanos – aterrorizou toda uma nação.




A peça em questão é uma adaptação radiofónica da obra de outro Wells (o H.G.) denominada “War of The Worlds” de 1898, que mais tarde veio a dar inúmeras iterações e versões cinematográficas.



A minha pergunta de sempre é: E se isto ocorresse nos dias de hoje? Sabendo como os mass media, hoje em dia, se baseiam na Internet, nomeadamente no Youtube e no Twitter para dar notícias, poderia voltar a acontecer? Amplificado pela internet e pelas redes sociais que credibilidade teria? E que efeitos teria na(s) sociedade(s)?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O mau uso da tecnologia.

A tecnologia - ou o uso dela – chegou e impôs-se nas sociedades humanas de diversas formas. Mais ou menos, com maior ou menor preponderância, transparência ou utilidade, este é um facto inegável.

E quando a tecnologia impede ou dificulta relacionamentos, interacções ou até mesmo a produtividade?



Um restaurante em New York, já com bastantes anos de sempre bem sucedida actividade, começou a ter queixas e reclamações, assim como bad reviews em blogs e sites da especialidade, acerca da demora do serviço, demora em obter mesa e comida fria.

O restaurante, percebendo que o número de clientes actual se mantinha sensilvelmente o mesmo há diversos anos, e sem conseguir perceber o que se passava, contratou uma empresa de auditoria em produtividade para perceber onde estava(m) o(s) problema(s) e como os solucionar.

A empresa de consultoria começou por atribuir a responsabilidade à falta de formação dos empregados de mesa e lentidão nas equipas da cozinha. Mas não querendo tirar conclusões sem ter todos os dados, resolveu analisar inloco o que se passava e comparar o serviço de cozinha/mesas do passado (neste caso de 1 Julho 2004) com o presente (3 Julho 2014) graças à existência de um sistema de gravação de imagens baseado em 4 câmaras CCTV de segurança existente já há muitos anos.

E percebeu o problema. A tecnologia! Ou melhor o (mau) uso da tecnologia!

Em 2004: 
o cliente chega, senta-se, lê o menú, pede a comida, é servido, come e paga, demorando, em média 1h05

Em 2014:
o cliente chega, senta-se, pede para aceder ao wi-fi, tira fotos com o smartphone, envia aos amigos, responde a mensagens e emails, tira fotos do menú, tira selfies, pede ao empregado que tire fotos, responde aos amigos, posta no facebook, pede a comida, tira fotos da comida, recebe e envia mensagens, posta nas redes sociais, começa a comer, pede para reaquecer a comida que está fria, volta às rede sociais, come, continua “agarrado” ao smartphone, pede a conta, paga e sai, demorando em média 1h55.



Explicado.

Nota: O artigo completo pode ser encontrado AQUI

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O fim dos likes a-metro

Finalmente o Facebook resolveu deitar mãos a uma praga que assolou a Internet nos últimos tempos: o síndrome do “coloca um like ou não consegues ver este conteúdo”.



Forma fácil e rápida de conseguir milhares (ou pelo menos centenas) de fãs para páginas facebook, a utilização do plug-in de like foi a mina de ouro para blogs e sites de conteúdos mais ou menos sérios. O principio é simples e todos já demos por ele. Ao visitar um site aparece uma janela por cima do conteúdo que o impede de carregar a menos que se faça "like" na página de facebook do site.

Este plugin também era muitas vezes utilizado, em conjunção com código malicioso, para conseguir likes automáticos. Ou seja a pessoa acabava por fazer like numa página sem saber, apenas por visitar a mesma, sem clicar em lado nehum, ou ao clickar no "X" para fechar a popup de publicidade.

Foram tantas as reclamações a nível mundial, que a equipa de Mark Zuckerberg teve de fazer alguma coisa. Assim, a partir de 5 de Novembro próximo, os plugins do tipo serão desactivados progressivamente e será actualizado o acordo e normas de utilização da rede social para proibir e desaconselhar este tipo de práticas.

De notar ainda que o login através do facebook para comentários e outras funcionalidades se vai manter e, ao contrário do descrito acima, vai ser até cada vez mais incentivado, de acordo com a estratégia do Facebook de ser uma plataforma universal.

Até que enfim!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Um assistente virtual, não-virtual

Já todos conhecemos a SIRI, assistente virtual do iPhone, que tanto jeito dá (principalmente para ler e mandar SMS enquanto se conduz) e que realmente foi uma das melhores invenções da Apple. Também já conhecemos os assistentes virtuais da concorrência, o EVA/Google Now para Android e a CORTANA para Windows.

Estes assistentes virtuais de smartphones podem ler mensagens, escrever, procurar assuntos na Internet, marcar reuniões no calendário, tocar e escolher musica, lancar e fechar aplicações e até fazer-nos rir.

Mas agora uma empresa resolveu dar um passo mais à frente (ou será atrás?) e lançar o assistente não-virtual, ou pouco virtual numa plataforma completamente virtual. Confuso? É simples

A iDrive, uma empresa Norte Americana de sistemas de backup e sincronização de dados acabou de lançar o OOLOO, uma app para iOS e Android, cuja tagline diz tudo: “We are Listening”.
Ou seja, em vez de ser em algoritmos e inteligência artificial a escutar as nossas questões e a respondê-las, está uma equipa de pessoas do outro lado.


OOLOO


O OOLOO baseia-se não em rapidez (seria difícil a humanos competir com a velocidade de processamento dos computadores) mas na qualidade dos dados retornados. Ou seja, a empresa garante que a fiabilidade e interesse dos dados retornados, em relação às perguntas, é de longe melhor e mais interessante que um simples algoritmo.

O funcionamento é simples. Fala-se para o microfone e aguarda-se. Cerca de 1 a 2 minutos depois surgem os dados e eventuais links de interesse.

A OOLOO é para iOS e Android, já teve cerca de 10 mil downloads e está disponível apenas nos USA, para já.

Para mim a grande questão se coloca é exactamente a escalabilidade. Embora, em termos conceptuais, possa parecer muito interessante, não parece viável ter uma equipa gigantesca e crescer exponencialmente com o alargamento da base de utilizadores.
Ainda por cima, a APP e as pesquisas no OOLOO são completamente gratuitos.

Enfim, a ver vamos, que assim dizia o cego…

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Mude as suas passwords. Já!

É altura de mudar as suas passwords. 

Do ebay, do email, do facebook e , especialmente, do banco online e tudo o que mexa com transacções financeiras.



É que um grupo de Hackers russos denominados CyberVor, conseguiu obter 1,2 mil milhões de usernames e passwords e mais de 500 milhões de endereços de email.

Considerando que existem cerca de 2.9 mil milhões de utilizadores internet em todo o mundo, percebe-se que este foi o maior Hack de sempre, e que conseguiu obter a maior quantidade de dados.

Prevê-se que agora estes dados irão ser vendidos no mercado negro, para então começarem a ser testados e explorados, pelo que o meu conselho (e o do New York Times também) é que mude os seus dados de acessos aos diversos serviços online que usa.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Enviar emails anónimos. hmmmm...

A batalha pela privacidade e pela "anonimosidade" (existe isto?) na net tem mais um bravo soldado, que na realidade é quase um capitão.

Nasceu o Leak, um serviço web-based que permite enviar emails anónimos para qualquer endereço.


Leak - emails anónimos


Quer declarar-se àquela pessoa especial mas tem vergonha? O Leak está cá para isso.
E que tal pregar uma partida ao melhor amigo? Vamos ao Leak. E dizer umas coisas àquele colega que tem sempre a música muito alta no escritório? Just LeakIt

Estes são apenas alguns exemplos do que se pode fazer com o Leak. Basta colocar o email do destinatário, escolher o tipo de relação que tem com a pessoa (amigo, co-worker, familiar, etc) - algo que dê uma pista a quem está do outro lado - escrever o texto que quiser e, num clique, aí vai a mensagem completamente anónima.

Mas a grande questão deste tipo de serviços, cada vez mais na moda, é o que se pode fazer com eles. Mais uma vez o problema não está na ferramenta mas no uso que se faz dela.

É verdade que nas "condições de utilização" deste tipo de apps e sites, há sempre a norma do no-bulliyng, respeito e modo de usar correcta e cordialmente os serviços.
Mas a realidade demonstra-nos que a maior parte das mensagens trocadas por estes meios são exactamente o contrário.

Aliás nos USA, onde este tipo de serviços e apps são mais utilizadas (inclusivamente o entrepreneur Mark Cuban é um dos investidores do CyberDust - uma app iOS/Android que permite enviar mensagens e ficheiros de forma completamente anónima de smartphone para smartphone é um dos exemplos) há uma grande discussão pública sobre estas questões e sobre a legalidade deste tipo de aplicações e sites.

Enfim, fica a nota e a dúvida.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

MEO-big brother-Localizz

O MEO lançou um novo serviço de geo-localização de telemóveis. Chama-se Localizz.
(este nome faz-me lembrar, não sei porquê, os Z-Guyeezz do "Rock of Ages" - aquele fantástico filme do Tom Cruise/Alec Baldwin)

Mas continuando, este novo serviço permite localizar os telemóveis da família ou dos amigos em tempo real.
Podem-se associar até 5 telemóveis a este serviço - apenas com a concordância dos mesmos, entenda-se - e os serviços Localizz permitem criar "Zonas de segurança", que uma vez transpostas avisam o localizador, saber em tempo real onde está determinada pessoa, um panic-button para os telemóveis e ainda (por uma mensalidade extra) um bloqueio de roubo/extravio/apagar dados.


Localizzzzzzz do MEO


Este serviço é essencialmente dirigido aos pais que querem aumentar a segurança dos filhos menores, ou dos familiares mais idosos, embora, obviamente, possa ser instalado em qualquer telemóvel MEO.

A localização é feita por triangulação de antenas celulares (exactamente como nos filmes de espionagem) e, segundo a operadora, os tarifários vão desde os €2.99 (3 telemóveis) aos €4.99 (5 smartphones).

A app que suporta o serviço está disponível para iOS e Android.

Este é o primeiro serviço nacional com estas características, embora existam diversos, e gratuitos, quer na App Store quer na Google Play com estas características ou similares.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

De BES a Novo Banco, em duas horas

Não vou aqui falar da questão do BES /GES. Deixo isso para os inúmeros comentadores e pseudo-comentadores políticos e económicos.
Vou falar de planeamento de comunicação, e eficácia na mesma em situação de crise.

Eram 22:52 quando Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, anunciou oficialmente a criação do BES-bom e do BES-mau (notícia que já toda a gente sabia) e, questões económicas e financeiras à parte, deu a notícia da noite: Que o BES-bom se ia chamar “NovoBanco”.



Considerandos de marketing à parte no que se refere a este nome (e ainda mais à parte a questão, levantada pelo jornalista Paulo Querido, que já existirá essa marca desde 1994, pertença do BCP), o que relevo aqui é a rapidez e eficácia do que se seguiu.

Logo a seguir às 23:00, o novo Presidente Executivo do agora "Novo Banco" envia um comunicado às redacções a afirmar a solidez, confiança e segurança deste novo banco gerido pelo Fundo de Resolução bancária.

Logo a seguir é enviada uma mensagem interna aos colaboradores para os descansar, para afirmar os valores do novo banco e a exaltar o profissionalismo que se espera de cada um.

Logo a seguir, cerca de duas horas mais tarde, o site do BES muda para o site do “NovoBanco”.  E a imagem de capa é logo a do edificio sede do ex-BES, com aquele ar de solidez e imponência.




Isto chama-se planeamento. Não vamos pensar que foi tudo feito a correr e num instantinho. Não. Estava era tudo planeado. O nome, o site, a comunicação, o conceito.
Tudo cumpre os objectivos: serenar o público, acalmar os depositantes, acalmar o(s) mercado(s), conter o problema, enfim, positivar o prisma.

Parabéns ao Vítor Bento. Comunicacionalmente começa bem aquela que já foi apelidada da tarefa mais difícil da sua vida profissional.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

XERit - A criatividade nacional em IT

A maior parte das tecnologias são inventadas pela necessidade do ser humano de fazer mais e melhor, ir mais longe e resolver problemas do quotidiano.

Outras são inventadas por motivos menos nobres, mas que vem a ser sucessos mundiais, muito mais conhecidas e usadas que as atrás faladas.

É o caso da Webcam, a câmara que hoje toda a gente usa nos seus portáteis e desktops para videoconferência, fotos e etc, e que, na realidade, foi inventada em 1991 por um grupo de alunos da universidade de Cambridge que necessitava de saber quando é que a máquina de café já tinha o café pronto…

(nota: a página que albergava esta câmara ainda está online AQUI, embora a câmara tenha sido desactivada em 2001) 

E, novamente, este foi o caso.

Um grupo de portugueses - Joana Fernandes, Filipe Roxo, Paulo Oliveira - que trabalham na Premium Minds necessitavam de saber quando o WC comum estava livre, para não perderem tempo a andar para trás e para a frente até às instalações sanitárias.

Assim, criaram algo, com um hardware baseado na famosa plataforma opensource Raspberry Pi, que, ligado a sensores e ao servidor central da empresa, envia para a intranet deles um status permanente (a cada 15 segundos) do estado do WC.

Brilhante não?




E depois aperceberam-se que este módulo, e o conjunto hardware/software podia ter diversas aplicações fora do âmbito inicial, e assim nasceu o produto “XERit — your shared resources status”.

Para acompanhar aqui: "When engeneers need a bathroom".

Espero que venha a ter tanto sucesso como a Webcam  :)